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Anatomy and fructan distribution in vegetative organs of Dimerostemma vestitum (Asteraceae) from the campos rupestres

Entre os compostos armazenados pelas plantas, várias funções são atribuídas aos frutanos, tais como fonte de energia e proteção contra seca e temperaturas extremas. No presente estudo nós analisamos a anatomia e a distribuição de frutanos nos órgãos vegetativos de Dimerostemma vestitum (Asteraceae), uma espécie endêmica dos campos rupestres brasileiros. D. vestitum tem folhas anfiestomáticas e pubescentes, com tricomas glandulares e tectores. A medula do caule aéreo basal tem dois tipos de parênquima, o que difere da porção apical. O xilopódio possui origem anatômica mista. Apesar de terem sido encontrados frutanos da série da inulina com alto grau de polimerização em todos os órgãos analisados, exceto nas folhas, curiosamente, a quantidade mais elevada e o máximo grau de polimerização foram detectados no xilopódio. Esferocristais de inulina foram visualizados sob luz polarizada na medula e nos tecidos vasculares, principalmente na região central do xilopódio, que possui abundante parênquima xilemático. Estruturas secretoras, acumulando vários compostos, exceto inulina, foram identificadas em todos os órgãos vegetativos. A presença desses compostos, em adição à de inulina, pode estar relacionada às estratégias das plantas para sobreviverem em condições adversas em uma região semiárida, sazonalmente afetada pela restrição de água e frequentemente pelo fogo.

Campo rupestre; frutanos; esfe rocristais de inulina; estruturas secretoras; xilopódio


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