Acessibilidade / Reportar erro

Regeneração natural de nove espécies madeiráveis em uma floresta explorada da Amazônia boliviana

Um aspecto fundamental do manejo florestal sustentável é a manutenção da regeneração natural nas florestas exploradas. A curto e longo prazo, a exploração florestal tem várias conseqüências, sobre a regeneração natural das espécies florestais. Nesta pesquisa foi comparada a abundância da regeneração natural e a distribuição espacial de plântulas de nove espécies madeiráveis em uma floresta explorada e uma floresta natural (testemunha). A abundância e estrutura espacial foram determinadas por meio do estabelecimento de 55 parcelas de amostragem (20 x 20 m, 10 x 10 m), que foram distribuídas em 180 hectares nos dois tipos de floresta avaliadas. Nas parcelas de 10 x 10, se registraram as categorias: plântulas, mudas e varas. Nas parcelas de 20 x 20, se registraram as plantas adultas com DAP > 40 cm. Na floresta explorada C. racemosa, T. altíssima e A. lecointei apresentaram maior abundância total. Segundo as categorias de regeneração, a abundância de P. corymbosum foi maior na floresta explorada, mas C. racemosa, T. altíssima, D. odorata e C. micrantha foram maiores na floresta testemunha. Quando comparada a abundância de A. lecointei, P. heterophylla e Virola sp., estas não apresentaram diferenças entre as florestas. Espacialmente, só Astronium lecointei e Virola sp. apresentaram padrões diferentes entre as condições de floresta estudadas. A conclusão foi que a exploração florestal, não modifica a abundância e a estrutura espacial da regeneração de todas as espécies florestais, pelo que, as intensidades de extração moderada não comprometeriam o potencial da regeneração natural nos bosques com manejo.

Regeneração natural; abundância; floresta; padrão espacial


Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Av. André Araujo, 2936 Aleixo, 69060-001 Manaus AM Brasil, Tel.: +55 92 3643-3030, Fax: +55 92 643-3223 - Manaus - AM - Brazil
E-mail: acta@inpa.gov.br