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Conhecimento Popular Sobre o Uso de Plantas da Amazônia no Tratamento de Tuberculose.

O Estado do Amazonas tem uma alta incidência de tuberculose, 91.4 por 10,000 habitantes (SESAU, 1994), e freqüentemente novas cepas de Mycobacterium tuberculosis resistentes a diversos antibióticos são encontrados (SALEM et.al, 1990). O abandono terapêutico está sendo relacionada aos efeitos colaterais desses antibióticos, contribui para este quadro (PATTISAPU, 1984). Assim faz-se necessário a descoberta de substâncias alternativas com baixo nível de efeitos colaterais negativos para o tratamento de tuberculose. Neste estado existe abundância de plantas utilizadas pela população no combate a várias doenças. Um levantamento foi feito com portadores de tuberculose emtratamento alopático em cinco municípios do estado do Amazonas, para descobrir quais são as plantas utilizadas por eles. Os resultados mostraram que a maioria dos pacientes entrevistados utilizavam plantas medicinas antes e/ou após tratamento alopático. Treze plantas foram citadas como plantas medicinais e utilizadas no tratamento de tuberculose. Chenopodium ambrosioides L., popularmente conhecida por mastruz, foi relatada como a planta mais utilizada, seguida pela Caesalpinia ferrea Mart., jucá e Spilanthes acmella D.C., jambu. Este estudo se concentra no mastruz por causa da baixa utilização das outras. Não encontramos um efeito significativo no comportamento baciloscópio quando o mastruz foi utilizada antes da diagnóstico. Testes de laboratórios "in-vitro" também não mostraram um resultado tubeculocida para mastruz. Outros testes estão sendo feito com as outras plantas citadas.

Tuberculose; Amazonas; plantas medicinais; saber popular


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