O que leva alguns jovens a se envolver com a militância política, criando ou participando de grupos de interesse? Essa questão é discutida a partir dos resultados de uma pesquisa sobre um grupo de rappers envolvido com o movimento hiphop na cidade de Campinas, estado de São Paulo. Suas disposições para a militância são analisadas como resultado das condições objetivas e subjetivas em que se deu sua socialização, apreendidas por meio do estudo da trajetória social de suas famílias. Por sua vez, a entrada concreta em militância é analisada como resultado, nunca definitivo, dos encontros e das interações desenvolvidas no interior de redes de relações de vários tipos, inclusive afetivas, que se localizam num espaço social concretizado em instituições, modos de agir e de pensar que orientam microdecisões cotidianas, incluindo aquelas associadas à ação política.
What leads young people to engage in political activism, creating or participating in interest groups? This question is discussed in the light of results obtained from a research on a group of rappers involved with the hip-hop movement in the city of Campinas, São Paulo. Their dispositions toward activism are analyzed as a result of the objective and subjective conditions under which they were socialized, apprehended through a study of their family's social trajectory. In turn, their concrete engagement in political activities is seen as the never-permanent result of meetings and interactions developed inside networks of different kinds, including the affective ones, located in a social space that is made concrete through institutions and collective ways of acting and thinking that guide everyday micro-decisions, including those relative to political action.
¿Qué es lo que lleva a algunos jóvenes a envolverse con la militancia política, creando o participando de grupos de interés? Esta cuestión es discutida a partir de los resultados de un estudio sobre un grupo de rappers involucrado con el movimiento hip-hop en la ciudad de Campinas, estado de São Paulo. Sus disposiciones para la militancia son analizadas como resultado de las condiciones objetivas y subjetivas en que se dio su socialización, aprendidas a través del estudio de la trayectoria social de sus familias. Sin embargo, la entrada concreta en la militancia es analizada como resultado, nunca definitivo, de los encuentros y de las interacciones desarrolladas en el interior de redes de relaciones de varios tipos, inclusive afectivas, que se localizan en un espacio social concretizado en instituciones, modos de actuar y de pensar que orientan microdecisiones cotidianas, incluyendo aquellas asociadas a la acción política.